Algumas vezes é preciso saber o momento exato de sair de cena, de se esconder um pouco. Todas as pessoas têm um lugarzinho onde se sentem escondidas, mesmo que seja no meio de uma multidão. Às vezes basta nada mais do que fechar os olhos para ser alçado longe, lá naquele refúgio ultra secreto. Como uma criança que sobre em cima da casa e a destelha um pouco para ficar entre as telhas e o cimento. Ali, ela se sente muito poderosa, dona do seu mundo. Temos que aprender com as avestruzes e termos as nossas submersões de cabeça num espacinho escuro que, por ser tão escuro, parece (e é) um universo. Se nós fizermos nosso exercício de ausência diário vamos crescer bem mais. Vamos conseguir, quando quisermos, ir de uma cratera a um cume, da escuridão para o nosso sol particular. O exercício da ausência é tão importante quanto o da coletividade. Sem ambos proporcionalmente equilibrados, podemos ensandecer.
Abaixo, minha música "Refúgio de Vega" cantada a três vozes por mim, Rennan Mendes e Albérico Jr., no show VIRGO.
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