Pois é, o Fenart ataca novamente, hehehe. Hoje eu saí cedo de casa com a intenção de assistir dois espetáculos de teatro: "Esparrela", com o início anunciado para 18h, e "O Capitão e a Sereia", previsto para 20h, ambos no Teatro Paulo Pontes. Pois bem, cheguei lá em cima da hora para o primeiro, chegando na bilheteria (sim, os espetáculos no Paulo Pontes e no Cine Bangüê são pagos, R$ 10 e R$ 5) me surpreendi vendo que, antes que as pessoas chegassem perto, os funcionários gesticulavam com as mãos indicando que os ingressos para os dois espetáculos haviam esgotado. Eu pensei: Caraca! O Paulo Pontes tem capacidade para 900 pessoas e está lotado? Isso é que é valorização da arte! Que nada, as duas apresentações dispunham de apenas 120 ingressos cada, foram apresentados no formato arena, usando apenas o palco do enorme Paulo Pontes. Fiquei retado. Não só eu, várias pessoas estavam lá na frente, reclamando e discutindo o mesmo assunto. Pois é, não basta o Fenart de certa forma segregar as artes por acontecerem apresentações de música, teatro e dança simultaneamente (se você der sorte consegue assistir um aqui e outro acolá que lhe deu vontade por causa dos eventuais atrasos), mas também restringe ótimos espetáculos para um número diminuto de pessoas. Não me cabe explicar a razão, mas o Espaço Cultural conta com um maravilhoso recém-melhorado teatro de arena onde, inclusive, aconteceu ontem um espetáculo com uma das trupes do de hoje. Tenho mais uma reclamaçãozinha, hehehe. Mas essa foi pior, tanto que foi digna de devolução de dinheiro. No Cine Bangüê, estava previsto para as 18h a apresentação do Quarteto de Trombones e, às 19h, teria o Ney Conceição Trio. Ney Conceição é um famoso baixista do Rio de Janeiro que veio também ministrar o workshop de contrabaixo. Decepcionado com a barragem no PP, nos dirigimos para o Bangüê, pois ainda era antes das sete. Chegando lá, Ney estava terminando a apresentação, pois, ninguém soube me dizer o porquê, trocou de horário com o Quarteto. Fiquei sem entender e sem acreditar. Enquanto eu digeria a informação, a apresentação acabou e várias pessoas se dirigiram à bilheteria para pegar a grana de volta. Por que? Bom, chegaram antes das sete, pagaram, entraram e, ao invés de esperar o começo do show de Ney viram o final dele. Lastimável. Agora, contraditoriamente, vou tecer um grande elogio ao Festival. Sim! Porque o show de João Bosco (esse foi completo, na hora e de grátis!) foi impecável.
Ele veio com um time super de responsa. No baixo, João Batista. Na guitarra, Ricardo Silveira. Na bateria, Kiko Freitas. Kiko também veio para ministrar o workshop de bateria. João Bosco é muito, muito bom. Tocou todos os seus clássicos acompanhado por um público cantarolante e encantado. O que achei mais legal é que dois dos pontos altos do show foram em canções em que João prestou referência às suas influências: "A Paz", de Gilberto Gil e João Donato; e na belíssima "Trem Azul", de Lô Borges e Ronaldo Bastos. Foi um show por demais emocionante. Para deixar um legado, coloco aqui à disposição de vocês o link que leva ao download de vários ótimos discos de João Bosco, cortesia do mega site de MPB, Um Que Tenha. Quanto ao Fenart espero não estar sendo muito rígido. Não estive aqui nos outros anos, portanto não sei se é comum esses deslizes recorrentes. O título desse post é uma bricadeirinha que eu espero que não se repita, imaginem: "XIII Fenart - Bagunça e genialidade revolutions", hehehe. Mas o Festival tem, de longe, muito mais coisa boa demais do que ruim. Essas falhas não deveriam acontecer dado o porte do evento, mas, só por enaltecer a cultura, já é motivo para desconsideramos essas bagunçazinhas. Boa sorte para a organização do evento nos próximos dias e boa sorte para nós, o público, também.
terça-feira, 25 de maio de 2010
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