segunda-feira, 24 de maio de 2010
Estudante africana é agredida na UFPB
Hoje (24/05), correu a notícia de que uma estudante de Guiné Bissau fora agredida verbalmente e fisicamente no CE (Centro de Educação), dentro da UFPB. O nome dela é Kadija Tu e é estudante do curso de Letras. Hoje eu deveria ter ido exatamente para esse setor da faculdade durante a tarde, mas fiquei em casa para fazer um trabalho. Vi um pedaço da notícia na chamada televisiva de um dos jornais impressos daqui. Não preciso nem dizer o quão vergonhoso é esse fato. Segundo relatos, o agressor era um desses vendedores de cartão de crédito que circulam no campus. Ele teria, primeiramente, assediado Kadija e, quando foi repreendido pela mesma, começou a agressão verbal que logo se tornou uma agressão física. Antes que pudessem intervir, o agressor (o nome dele ainda não foi revelado) ainda conseguiu atingir a estudante com pontapés no abdômen. Tanto que ela teve que ser levada ao Hospital de Traumas. O agressor foi levado para delegacia. Vários amigos africanos de Kadija foram ao hospital e, por não serem da família, não puderam entrar. Eles dizem que ela não tem família nenhuma no Brasil, o que agrava a situação. Amanhã ligarei pra amigos da faculdade para saber mais detalhes, possivelmente alguém que conheço pode ter, inclusive, presenciado essa lamentável cena. Os amigos dela vão realizar um protesto de repúdio ao acontecido amanhã. Que eu saiba, ninguém se pronunciou oficialmente hoje em nome da faculdade sobre o ocorrido. Há de se ressaltar que as agressões verbais feitas à moça foram racistas, o que deixa a situação ainda mais repulsiva. Amanhã, após saber mais sobre o caso, trarei novidades sobre o protesto, o agressor a situação da estudante e o posicionamento da UFPB.
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Gostaria que você lê-se a nota de repúdio da Comissão de Direitos Humanos da UFPB feita no mesmo dia, que foi repassada
ResponderExcluirao Presidente do Conselho de DH no mesmo dia, que tomou medidas no mesmo dia, e que levaram a um melhor encaminhamento do caso. Como membro da Comissão, gostei e apoio sua preocupação, assim como a solidariedade de muitos estudantes.
Maritza