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terça-feira, 25 de maio de 2010

Agressão na UFPB - Delegada diz que não houve crime algum


Juvanira Holanda. É o nome da Srª Delegada que disse que chamar alguém de negro safado ou, no caso ocorrido na UFPB, de negra-cão não é racismo. Pior, disse que chutes no abdômen não se caracteriza como lesão corporal. Tem mais, disse que a estudante da UFPB, Kadija, só foi parar num hospital de urgência e traumas por causa do seu estado emocional. Pelo fato de que ela não tem família nenhuma no Brasil, por isso, teria ficado abalada. A Srª Dona Juvanira disse que o acusado se defendeu afirmando que não xingaria Kadija de negra, porque, segundo o mesmo, ele é negro também. Quer mais? Ela disse que para configurar racismo tem que ser algo maior e deu como exemplo o fato de um negro ser impedido de estudar (hã?). Conclusão dela: Foi apenas uma discussão simples. Para amenizar, ela disse que enviaria um perito para fazer exames em Kadija, como que por protocolo, é claro, considerando que ela já tinha certeza de que não foi nada demais. Bom, deixemos as delegadices de lado e vamos para o que interessa. Amanhã (quarta, 26/05) acontecerá um protesto no CCHLA da UFPB às 9 da manhã, mas, com certeza, durará mais do que um turno. É preciso reclamar, se fazer ouvir, agir quando quem deveria fazê-lo se abstém. Como eu havia comentado, eu deveria ter ido na faculdade ontem, quando tudo aconteceu e fiquei com um pulguinha atrás da orelha por achar que sabia quem era o agressor. Hoje, falando com uma amiga, confirmei minha suspeita, foi ele mesmo. Engraçado é que sempre olhei pra ele torto, pois eu o via todos os dias perambulando, conversando... fazendo qualquer coisa, menos vendendo cartão. Fiquei sabendo também que tudo aconteceu na frente da sala em que eu deveria estar. É, talvez tenha sido melhor eu não ter estado lá na hora. Para quem está aqui em João Pessoa e frequenta ou tem algum elo com a UFPB divulgue o acontecido e se faça presente nesse manifesto, temos que ir além da reclamação, essas coisas não podem parar no verbo. Vamos torcer para que a UFPB seja um braço forte e protetor de sua estudante. Bom dia, África. Boa noite, Holanda.

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