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segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Professor X


Acabamos de chegar do cinema, fomos assistir ao filme “Chico Xavier”, baseado no livro biográfico “As Vidas de Chico Xavier” do jornalista Marcel Souto Maior. As críticas que lemos antes de decidir ir assisti-lo não foram boas. Dizem que o filme apela muito mais para o lado emocional do que para os fatos em si. Até a minha companheira mensal, a revista Superinteressante, trouxe esse mês uma matéria sobre o Chico. A reportagem da Super não é exatamente uma crítica, pois apesar de trazer várias hipóteses elucidativas para os fenômenos que cercavam Chico, não o trata em nenhum momento como uma fraude. O filme realmente é muito emocionante. Traz, paralelamente, três momentos da vida Chico: de 1918 a 1922 em Pedro Leopoldo-MG (onde é interpretado pelo jovem ator Matheus Costa), de 1931 a 1959 (interpretado por Ângelo Antônio)e de 1969 a 1975 (vivido por Nelson Xavier). A sala 5 do Box de cinema do Shopping Manaíra estava quase lotada, é a maior sala de lá. Notavelmente os espectadores estavam emocionados (eu também. Fazia tempo que não lacrimejava em um filme...), mas o melhor momento para mim foi o final, onde, enquanto subiam os créditos, exibiram cenas reais do Chico. Eu nunca as tinha visto, ri muito, gostei muito. Sem dúvida, ele foi um ser humano muito iluminado. Tenho críticas tão bobas em relação ao filme que nem vale a pena cita-las diante da enorme emoção que senti hoje. E iremos assistir a todos os filmes que serão lançados sobre ele ainda esse ano (segundo a Super, mais 4 além de “Chico Xavier”) em que ele faria 100 anos. Passou o trailer de um deles hoje intitulado "Nosso Lar", assistam ao trailer no YouTube, me pareceu muito interessante. 


Mais uma coisinha. Minha orientação da vida toda foi católica, minha família toda é. Eu fui catequizado, fiz primeira comunhão, perseverança, crisma... Hoje em dia me assumo como agnóstico, mas, diante de um filme que mostra um ateu perdoando o acusado de matar o seu filho por causa de uma carta de seu filho abstendo totalmente de culpa o inocente amigo que acidentalmente o matara, psicografada por Chico, confesso que fico balançado. Não pelo espiritismo, mas por coisas que não compreendemos e talvez não nos pertença compreender nesse momento.

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