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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Baseada numa estória surreal ♪



Olá, amigos terráqueos!!


Gente, essa música é uma brincadeirinha minha, gravada aqui em casa mesmo, desconsiderem a qualidade (e a voz de sono do cantor, hehehe!). Prestem atenção na historinha, a letra é bem pequenininha, rss. Abaixo, o áudio: 





E aqui, a letra:






O final feliz de Emerlin 
(Eugênio Cruz)

Na divisa entre as cidades Partiplan e Maderbela
Um estranho episódio aconteceu
Parecia até uma cena mexicana de novela
A Eurídice esperando o seu Orfeu
Foi daí então que uma mão surgiu
E um bouquet de rosas negras se abriu

Ninguém podia crer que uma garota tão bela
Desejava daquela vida fugir
E um sorriso estampou de orelha a orelha a face dela
Diante daquele estranho souvenir
Ela então se agarrou à outra mão
E sumiram no meio da escuridão

No mesmo momento em que os dois corriam pela névoa
A mãe dela levantava do colchão
E alguma coisa a levou ao quarto da donzela
Quando viu aberta a porta do porão
Avistou na cama um bilhete azul
Que dizia: “Mãe, estou indo para o sul...”

Ela deu um grito e ficou mais branca que a parede
Assustada com aquela situação
E pensou em algum motivo pra que aquilo acontecesse
Encostando na parede até o chão
Ela então pensou na noite anterior
E lembrou de passo a passo o que passou

Na noite passada um circo aportara em Maderbela
Mas ninguém sabia de onde é que ele vem
Tinha uma grande lona cinza, cor de anil e amarela
E um bocado de animais grandes também
Mas havia algo estranho como o quê
Mas ninguém sabia ao certo o que dizer

A garota insistira com a mãe o dia inteiro
Alegando que nunca vira igual
Convencida, decidiu levar a filha ao seu desejo
E seguiram pra avenida principal
Na entrada foi aquela confusão
Todo mundo se apertando no portão

Quando toda gente entrou e acomodou-se no poleiro
Começaram, enfim, as apresentações
Uns incríveis trapezistas voavam no picadeiro
E uma moça dançava com os leões
Mas o mais bizarro estava por vir
Era um mágico e fazia coisas sumir

A platéia estava boquiaberta com tanta destreza
E vibrava a cada apresentação
Mas o gran finale trazia a maior das surpresas
Era um truque chamado de abdução
Que dizia que a luz apagaria
E quando acendesse gente sumiria!

Começou o burburinho, muita gente a duvidar
De que aquilo fosse mesmo acontecer
Mas o mágico, tranqüilo, com sua capa a balançar
Já sabia exatamente o que fazer
Com um estalar de dedos a luz apagou
E em alguns segundos (tlec!) a luz voltou

Um tamanho desespero tomou conta das figuras
Ao sentir a falta de alguém ali
Esboçou-se no momento um princípio de loucura
Pois ninguém sabia como prosseguir
Foi então que mais um estalo se ouviu
E a escuridão de novo se seguiu

Quando as luzes acenderam o espanto foi gigante
Como loucos, se abraçavam sem parar
As pessoas que sumiram, apareceram num instante
E as outras começaram a questionar
Elas diziam que nada aconteceu
Para elas, só apagou e acendeu

Já na volta para casa a menina estava tensa
Parecia alguma coisa esconder
Mas achou que era normal depois de coisa tão intensa
Essa coisa era sumir e aparecer
E na sua cabeça ficava a rodar
As imagens daquele louco lugar

Ela até lembrou o anúncio naqueles auto-falantes
Que diziam: “Única apresentação”
Aquela notícia soara por de mais intrigante
Pois armar um circo dava um trabalhão
Deu boa noite para a filha e foi dormir
No entanto, continuou a refletir...

Ela nem imaginava que naquele mesmo instante
A garota estava prestes a fugir
Pois depois daquela noite nada era como antes
E era como se ela pudesse sentir
Ela então, por um momento, adormeceu
Numa noite tão escura quanto o breu

No meio da névoa o maior segredo aparecia
Quando o mágico tirou o seu capuz
Tinha olhos cinza claros, seu cabelo reluzia
E na palma da sua mão, luzes azuis
Um perfume estonteante como o sol
E os cílios em formato de anzol

Pra garota tudo aquilo já não era novidade
E, mais uma vez, estava a sorrir
Pois aquele ser tão belo a seduzira de verdade
Ela estava pronta para lhe seguir
Uma forte luz então brilhou no céu
Parecendo um enorme carrossel

Quando a luz tocou o chão rodopiou como um ciclone
Com faíscas sibilando como um véu
Foi girando e subindo tão forte que quase some
Elevando os dois bem alto lá no céu
Quando a mãe chegou era tarde demais
Nos seus olhos pensamentos surreais

Não havia nada a mais a se fazer naquela hora
A não ser fitar aquela luz azul
E pedir que a menina fosse mais feliz agora
No seu sonho em algum lugar ao sul
E aquele foi o final de Emerlin
Uma história que não há outra assim...

Um comentário:

  1. Certo... Mas e o download? Manda pra mim por email. Não tenho essa na minha coleção!
    Shoooowwwwwww!!!!

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