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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Festival Edésio Santos da Canção adiado por São Pedro!

     Começaria na próxima quinta (dia 16), a décima quarta edição do Festival Nacional Edésio Santos da Canção subirá ao palco de arena do Teatro João Gilberto na cidade de Juazeiro-BA. 


     Mas, quem tá na região deve estar entendendo bem o adiamento, pois São Pedro não está dando trégua e a previsão é que continue assim. A organização do festival ainda não divulgou as novas datas, mas garante que o festival não deixará de acontecer, mesmo que seja no começo do ano que vem.
     O Edésio Santos vem migrando para um novo formato nos últimos anos trazendo, além do próprio festival, uma programação alternativa e interativa nas diversas nuances artísticas existentes. É interessante que a prefeitura de Juazeiro tenha essa visão do evento, pois é a melhor maneira de integrar e aproximar a comunidade da arte e seus construtores. Outro fator diferenciado e interessante no festival é a participação de grandes campeões do Brasil inteiro que, há pouco tempo atrás, não tinham sequer conhecimento da realização do mesmo na região. Outros ouviam falar, mas o prêmio e as condições de participação não valiam a longa viagem. Do ano passado pra cá tivemos grandes nomes que, mesmo que à princípio não conhecidos pelo grande público, possuem renome no meio musical. Alguns deles são: David Duarte, músico e compositor cearense que vem sendo apontado como o novo grande nome da MPB no estado; Ivânia Catarina, que não é apenas a irmã de Vander Lee e, com uma parceria super bem sucedida com o compositor Carlos Gomes, são premiados em festivais Brasil afora; Zebeto Corrêa, autêntico representante da música mineira e super tarimbado em festivais sendo um dos principais nomes que circulam nos maiores festivais do país inteiro; Júnior Keréto, dono de um timbre ímpar e interpretações emocionantes, também participa de grandes festivais no país inteiro. Isso sem falar dos grandes talentos regionais como Zé Manoel, Marcelo Rodrigues, Genivaldo Bispo, João Energia e tantos outros que competem em pé de igualdade com os participantes de fora. Estou mais próximo do festival desde quando comecei a participar do mesmo em 2004 e fiquei muito feliz em ver novos nomes da região na atual edição, pois é muito importante que haja uma constante ampliação no cenário artístico do nosso Vale do São Francisco fazendo com que a efervescência que um festival promove se renove sempre.
     Bom, nos resta aguardar cenas dos próximos capítulos para podermos prestigiar mais um grande festival, sendo que não dá pra deixar de dar uma pequena alfinetada em alguns deméritos notáveis dessa edição. O principal é a redução de alguns valores da premiação, além da falta de ajuda de custo e alojamento para os participantes de fora da cidade. Para o festival ser realmente grandioso é necessário oferecer uma ótima infraestrutura para aqueles que fazem o festival girar: os artistas. 
     Ah! Resta dizer que se o festival for em janeiro eu até que vou gostar, porque se fosse agora eu não poderia estar presente para defender minha música "Sob o Mesmo Sol", já se for em janeiro estaremos lá, hehehe! Abraços sonoros e não deixem de ouvir a música na postagem anterior, inté!

2 comentários:

  1. Saudações companheiro de estrada musical, Eugênio Cruz! Há alguns dias enviei uma carta em resposta ao convite da coordenação do festival EDÉSIO SANTOS, onde aponto alguns dos principais erros que eles insistem em cometer em todas as edições do evento!

    A CARTA:

    Olá Sr. Organizadores do Festival Edésio Santos!
    Sou participante ativo de festivais de música por esse Brasil afora... Já participei de várias edições anteriores deste festival, inclusive sendo premiado em algumas delas... Tenho muita simpatia pela cidade de Juazeiro e pelas pessoas que fazem dela uma das cidades mais atraentes do nordeste!
    Ano passado em conversa com um dos organizadores, o Márcio (não lembro o sobrenome) dei várias sugestões para possíveis melhorias para que evento pudesse acolher de maneira mais digna e justa os artistas que se deslocam de suas cidades ou estados para apresentarem o que fazem de melhor e que a mídia não tem interesse em mostrar, já que não é comercial! Pois bem... A maioria dos grandes festivais oferece:
    1. AJUDA DE CUSTO PARA O TRANSLADO (IDA E VOLTA) DA CIDADE DE ORIGEM DO CONCORRENTE ATÉ A CIDADE DO EVENTO;
    2. HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO DURANTE OS DIAS DE REALIZAÇÃO DO FESTIVAL.

    Sem tais itens fica impraticável para os artistas que em sua grande maioria só vive da música, que tem família para sustentar, arcar com as despesas acima citadas! Pois ninguém deixa de ir fazer seu show com cachê garantido para ir arriscar prêmio em festival por mais tentadoras que sejam suas premiações... Em suma, ninguém quer pagar para trabalhar! Tenho notícias de alguns festivais que trilharam o mesmo caminho que o Festival Edésio Santos vem trilhando, diminuir consideravelmente o número de inscrições por não atenderem essas necessidades básicas, até chegarem ao ponto de passarem da condição de festival nacional a festival regional! A exemplo do festival de Ibotirama (participei 14 anos consecutivos) que há dois anos tirou das cláusulas do seu regulamento a ajuda de custo, deixando apenas a hospedagem e a alimentação, o número de inscritos de 2010 caiu vertiginosamente! Temos hoje em Vitória da Conquista um festival que é super concorrido O FESTIVAL DE MÚSICA DA BAHIA! Não pensem que foi sempre assim! Em suas primeiras edições não ofertavam nada para os participantes de outras cidades... Nós artistas da terra que tivemos a preocupação de chamá-los (os organizadores) para a realidade, já que sabemos onde " o sapato aperta" e segundo os ensinamentos bíblicos "não desejamos para o próximo o que não queremos para nós mesmos"! Do mesmo jeito que queremos ser bem tratados por onde somos convidados a passar, queremos tratar bem aos que são convidados a passar por aqui! Outra observação é sobre a questão do ineditismo (sei que é exigência dos compositores regionais)! Ora, quando se exige exclusividade tem que se ter condições para arcar com essa exigência como faz o festival MUSICANTO SUL-AMERICANO DE NATIVISMO (segue em anexo o regulamento)! Além do que se deixa de levar ao conhecimento e aos ouvidos do público belíssimas canções que já foram aplaudidas em diferentes regiões do país!
    Fico por aqui, não como quem quer jogar pedras para derrubar o evento e sim como um amigo que quer avisar sobre as pedras que vocês podem deixar e evitar pisar daqui por diante! Ainda há tempo amigos!!!

    ABRAÇÃO, LUZ E PAZ A TODOS!
    WALTER LAJES

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  2. RESPOSTA AO AVISO DE DESCLASSIFICAÇÃO

    Senhores Alan Alves, Reginaldo Lima e comissão do Edésio Santos da Canção 2011!
    Por anos seguidos estive concorrendo no Festival Edésio Santos da Canção. Um festival é uma oportunidade para nós, humildes anônimos. No entanto, uma dissonância surge: “...quando respeitamos demais os outros perdemos o respeito por nós mesmos”.
    Segundo o regulamento, este festival seria realizado entre os dias 16, 17 e 18 de Dezembro de 2010. Por motivo de força maior houve um adiamento sem previsão de nova data. Haveria a comissão de se responsabilizar e assumir as consequências pela alteração, não nós concorrentes.
    Segundo o mesmo edital, para denúncias de não ineditismo, deveria haver por escrito no prazo de 48 horas após divulgação da lista. O que não houve, pois a música estava dentro do regulamento. Uma vez adiado, sem data definida, o festival deveria, por uma questão moral e ética, reestudar o regulamento e, de maneira sábia, valorizar a música, o músico e a arte em geral, não os medos de críticas construtivas ou a politicagem.
    Eu, em sinal de respeito, logo depois da divulgação da nova data para o festival, informei à comissão organizadora em ligação telefônica direta com o senhor Reginaldo Lima que havia concorrido com Quem Dera no mês de janeiro de 2011 em dois festivais em Minas Gerais.
    Nenhuma posição foi dada. Permaneci com as ligações e faltando apenas sete dias para o evento, covardemente, desclassificam a obra faltando comigo o respeito que tive com essa comissão. Apresentou ainda uma alternativa tardia, repetindo a forma injusta do ano 2009, quando mudou o edital após divulgação em site oficial, desclassificando minha obra e me deixando a penosa tentativa de concorrer com uma nova música “Rio de Algodão”, às pressas e sem ensaios, o que me gerou constrangimento, perda de tempo e de recursos financeiros.
    Voltei a sugerir a comissão que, adotando uma postura de coragem perante a cultura de Juazeiro e do Brasil, ouvisse meus argumentos e se baseassem no edital mantendo a música legalmente inscrita Quem Dera. Não fui ouvido. Seria ou não a inscrição de uma nova música em substituição um caso omisso e uma alteração do edital?
    Não havendo o reconhecimento do equívoco por parte da comissão que atribuiu a decisão ao “Jurídico”, me restou abrir mão da sonhada participação no Edésio Santos da Canção por não ter tempo nem disposição financeira para preparar e gravar uma nova obra com a qualidade exigida pelo evento.
    Procuro solidariedade onde ela houver em nome da minha carreira artística limpa e transparente. Ensejo o meu pedido de desculpas aos amigos pela forçada ausência.
    Agora, depois que ter custos de mais de R$ 1.000,00 (Um mil reais) com gravação, inscrição, ensaio e cachê, sem incluir o assédio moral, a difamação, a humilhação pública e o tempo de ensaio e preparação com banda de apoio, sem incluir prováveis futuros gastos com transporte, alimentação e estadia para o festival ao vivo, solicito que a comissão, no mínimo, publique o ocorrido me isentando de atitude de “má-fe”.
    Atenciosamente,
    Laécio Beethoven.

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